domingo, 2 de janeiro de 2011

Tudo Que Você Precisa Saber Sobre Leiloeiro

Leiloeiro

"Profissional que organiza leilões"
Fonte: Dicionário Michaelis

O que é ser leiloeiro?

O leiloeiro é o profissional mediador, intermediário e motivador da venda de determinados bens, que vão a leilão. O profissional promove a melhor condição de venda, atendendo aos interesses do proprietário, que o contrata para que através do seu potencial de persuasão, faça com que o produto seja arrematado pelo melhor preço.

Quais as características necessárias para ser leiloeiro?

Há um perfil para a profissão que é previsto por lei, portanto para ser autorizado, o leiloeiro deve ter as seguintes características:
  • ser cidadão brasileiro e estar em conformidade com seus direitos civis e políticos;
  • ser maior de 25 anos
  • morar na cidade em que pretende exercer a profissão há mais de 5 anos
  • ter idoneidade comprovada com apresentação de carteira de identidade e de certidões negativas dos distribuidores, no Distrito Federal, da Justiça Federal e das varas criminais da justiça local.

Características desejáveis

  • desenvoltura
  • capacidade de improviso
  • alto poder de convencimento
  • boa voz
  • excelente dicção
  • expressão corporal adequada, que complemente sua fala persuasiva
  • eloqüência
  • honestidade com relação aos bens a serem vendidos
  • credibilidade

Qual a formação necessária para ser leiloeiro?

Não há requisitos específicos de formação educacional no decreto n° 21.981, de 19 de outubro de 1932, que regulamenta a profissão de leiloeiro. Porém, o profissional precisa estar inscrito nas Juntas Comerciais dos Estados( órgãos subordinados ao DNRC - Departamento Nacional de Registro do Comércio), que permite a atuação de algumas empresas e profissões no país e exige que para praticar atividade de leiloeiro, o profissional deve ser, no mínimo, alfabetizado. Por outro lado, apesar de não exigir formação cultural para o exercício da profissão, é comum, nos dias de hoje, a atuação de leiloeiros altamente instruídos e de vasta cultura. Isso ocorre devido a forte concorrência entre os profissionais, que acaba selecionando aqueles com maior "bagagem cultural", que podem oferecer mais detalhes sobre produtos a serem leiloados, aumentando sua credibilidade e postura crítica.

Principais atividades

A principal atividade desenvolvida pelo leiloeiro é a intermediação na venda de bens, que podem ser:
  • antiguidades, relíquias e objetos históricos
  • objetos de arte, como tapetes, quadros, vasos, etc
  • artigos de decoração
  • carros
  • imóveis
  • animais como bois, vacas, cavalos e éguas
Para tanto, exige a norma da profissão que o leiloeiro confirme a venda para aquele que oferecer melhor proposta financeira, exigindo do profissional a publicação de edital de venda e a responsabilidade, em regra, pela guarda dos bens até sua venda efetivada.

Áreas de atuação e especialidades

O profissional pode trabalhar em casas de leilão, que são galpões fechados onde ocorre o arremate dos produtos oferecidos. Para isto, ele pode ser contratado por bancos, instituições públicas e judiciais ou ainda por particulares que desejam vender seus bens. Ele ainda pode atuar dentro de sua própria casa ou daquele que solicita seus serviços.

Mercado de trabalho

Atualmente, com a evolução dos meios digitais de leilão - que não têm a intermediação do profissional - o leiloeiro precisa, mais do que nunca, afirmar-se na profissão, sendo excelente naquilo que faz para não perder espaço.
A larga parcela das instituições recruta a mão- de- obra de leiloeiros para suas vendas: financeiras que tomaram bens de inadimplentes ou que promovem a venda de bens próprios; instituições públicas; bem como as vendas judiciais, um segmento crescente deste mercado de trabalho.

Curiosidades

A atividade de leiloeiro é regrada pela lei, desde 1850, na Lei nº 556, que instituiu o primeiro Código Comercial Brasileiro. Em 1932, o código foi revisado e passou a vigorar o Decreto 21.981, desse ano.
Porém, ao estudar a lei, não se imagina quão antiga é a profissão. Segundo historiadores, como o grego Heródoto, os primeiros leilões registrados e aceitos ocorreram na Babilônia, por volta de 500 a.C. Era realizado um leilão por ano das mulheres em idade de casar e aquelas mais bonitas atraíam grande interesse por parte dos licitantes (aqueles que desejam a compra). Já as menos atraentes eram negociadas juntamente de camelos e ovelhas, chamados de "dotes", para estimular os compradores. Ainda na Babilônia, realizavam-se nesta época, leilões de escravos, atividade que perdurou na História, até o final do século XIX.

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